Confesso, me incomoda esse formato do facebook “eu escrevo e você lê”. Estamos, hoje, numa estrutura “professor x aluno”, ou pior, quase que “comentarista de jogo de futebol x torcedor”, onde o espaço para você agregar é limitado e estamos desperdiçando boa parte do seu conhecimento ao longo da nossa interação. É um valor incrível que fica no caminho (ou comentários)…. Uma pena.
Isso tem que mudar!
Há um tempo venho pensando sobre como podemos potencializar a sua atenção para melhorar concretamente de alguma forma as nossas vidas. Dar exemplos, dicas e etc é ótimo, e de fato tem muito valor, mas também apresenta limitações.
Nos caminhos “aleatórios” da vida, tive a sorte de conhecer um pessoal incrível que fala termos como: Abertura ao outro-imprevisível, Glocal, Ignições de rede, Netweaving, Clusters.
Em pouco tempo, vi que eram eles que estavam por trás de toda essa história de crowdsourcing, crowdfunding, crowd-demaning, crowd-consumption, software livre, entre outros. Evoluí um pouco nos estudos e chegou a hora de introduzí-los ao paradigma que eu e toda minha ingenuidade acreditamos que já reina o “submundo” online e da micro economia criativa, além de engajamento civil (revoluções recentes), e, em breve, “tomará conta” (no sentido positivo e pacífico do termo) do restante da sociedade. Confesso que sou um novato no tema, a LUZ (ainda) não é uma rede, mas estamos correndo atrás para não ficarmos para trás. Você acha que estou brincando?
Entra nesse link aqui, que você verá alguns exemplos ao redor do mundo todo.
Obs: destaque (e orgulho) especial para a Benfeitoria ali no meio do crowdfunding! Incubados no Rio Criativo, Clientes LUZ, vencedores do prêmio IG de startups por conta do seu modelo de negócios inovador e cuja equipe é simplesmente SEN SA CIO NAL ! ! !
Afinal, o que são Redes Sociais?!?!
Rede Social: Uma rede social é um grupo de pessoas que tem algum nível de relação ou interesse mútuo.
Por essa definição podemos ver que “a grande rede social”, Facebook, não é uma rede social, mas uma mídia social, inclusive lá nas gringas o nome é “social MEDIA”, não “social NETWORK”.
A mídia é o meio, a rede é a essência, as relações entre as pessoas. Isso é importante! (Obs: eu, como você já me peguei falando e escrevendo isso errado diversas vezes)
Vale destacar que são relações horizontais, de igual para igual, de gente com gente. Esqueça chefe, hierarquia, “normas”, “controles” e “processos”. Tive um carinho imenso ao selecionar as poucas palavras do Augusto de Franco que lhes mostraria hoje. Neste trecho, ele está falando das características da hierarquia (parte do paradigma antigo):
“Caminhos pré-traçados, mestres para transmitir ensinamentos, exigência de obediência, luta contra inimigos, direcionamento de esforços para alcançar sucesso, tentativas de transformar pessoas no que elas não são, conduzi-las ou organizá-las top down e propaganda.”
Quando começamos a questionar isso, o caos pode ser visto como algo positivo, a meta na verdade te bitola e limita, não necessariamente te faz ir mais longe.
A meta é não ter meta
O objetivo é deixar que as relações se formem, fortaleçam e livremente gerem abundância de resultados.
Como isso muda o seu dia a dia?
Também conhecido como “e o que que eu tenho a ver com isso?!” Essa é a pergunta do milhão, certo? Bom, você tem muitas coisas a ver com isso. O paradigma das redes sociais, potencializado por toda a tecnologia que permitiu esse mundo hiperconectado, nos renderá drásticas mudanças econômicas, sociais e políticas, não tenha dúvidas!
Hoje focarei no empreendedorismo em rede, afinal empreendedorismo e teorias tidas hoje como “malucas”, mas que (tomara eu) serão status quo em 2 a 5 anos, são a nossa especialidade!
A produtora do Romero
Romero quer promover eventos de cultura dentro da sua comunidade. Problemas: ele não tem educação formal ou dinheiro.
O QUE FAZER?!?!
a. Ir a algum órgão de fomento pedir ajuda
b. Ir ao banco pedir empréstimo
c. Começar na cara e na coragem
d. Pedir mentoria a empreendedores e projetos filantrópicos
e. Desistir, afinal empreender é “muito arriscado e caro”, e aceitar um emprego qualquer num grande supermercado do bairro
e. Empreender em rede!!! (Aqui tocam sininhos e tudo)
Como Romero empreenderia em rede hoje?
Romero iniciaria a construção de uma comunidade e todos os interessados formariam uma “equipe” disposta a investir (conhecimento, $ e sua própria rede) no projeto dele.
Faz-se um pacto, que pode acontecer de 3 formas:
1. O tempo investido no projeto será computado em um banco de horas, onde cada hora vale R$ X,00. Quando a empresa atingir ponto de equilíbrio financeiro ou qualquer outro parâmetro pré-definido, o empreendedor começa a retornar o investimento a quem acreditou na causa.
2. Bom e velho escambo. Eu te dou 2 horas de consultoria, você me dá 2 horas de aula de violino. Vale lembrar que o dinheiro nasceu de uma necessidade de se conseguir facilitar as trocas e evoluiu para ser essa máquina louca que vemos hoje em dia e que alguns fingem que entendem. Não há porque não fazer escambo!
3. Participar (%) no resultado do produto.
Interessante, não?
Como começar?!
Queria compartilhar essas ideias com vocês, pois estamos fazendo alguns testes desse modelo de trabalho e ele é muito motivador!
Para conhecer a nossa rede de empreendedores, clique nesse link aqui. Lá você pode falar do seu projeto e ajudar outros projetos.
Obrigado pela atenção, empreendedores! É com colaboração que mudaremos o mundo.