Nesse artigo falaremos sobre:
- Pra que serve o Diagnóstico Empresarial
- 5 Formas de interpretar um diagnóstico empresarial
- Fazendo o diagnóstico da sua empresa na prática
Pra que serve o Diagnóstico Empresarial
O diagnóstico, quando aplicado no mundo empresarial, serve para avaliar a realidade e histórico de uma determinada empresa. Com essa análise pronta e um conhecimento mais aprofundado do negócio é possível planejar o que deve ser feito para corrigir erros e otimizar a empresa como um todo.
Como já falei no post sobre como calcular o grau de maturidade de uma empresa, os principais resultados que você pode conseguir com um diagnóstico empresarial são os de entender quais áreas do seu negócio precisam de atenção com mais urgência e de conseguir organizar um programa de planos de ação do que deve ser feito.
Para chegar nesse direcionamento do que fazer é importante que você entenda como intepretar os resultados obtidos em uma planilha de diagnóstico empresarial e é sobre isso que eu vou falar nesse post.
5 Formas de interpretar um diagnóstico empresarial
Se você está um pouco perdido por onde começar ou não consegue decidir qual área merece mais atenção, vale a pena entender as 5 formas de interpretação dos resultados de um diagnóstico que você pode realizar:
- Entendimento de quais áreas são mais importantes para a sua empresa
- Comparação do seu nível atual com onde você (minimamente) deveria estar
- Comparação do seu nível atual com onde você gostaria de estar
- Análise de deficiências por área
- Análise do grau de maturidade
Agora vamos ver cada um deles usando a nossa planilha de diagnóstico empresarial como exemplo:
1. Entendimento de quais áreas são mais importantes para a sua empresa
Para começar, vale entender que cada empresa possui características únicas que as difere de todas as outras, seja pelo seu ramo de atuação, setor onde está inserida, localização geográfica, equipe (sócios e colaboradores), entre diversos outros itens.
Sabendo disso, precisamos chegar em critérios de definição de pontuações mínimas para cada uma das áreas analisadas no diagnóstico que estejam alinhadas com a realidade da empresa. A tabela de pontuação contendo pontuação atual, mínima recomendada, desejada e urgência ficaria mais ou menos assim:
Agora, para chegar na pontuação mínima por sub área será necessário estabelecer o grau de importância em cada uma das mais de 70 perguntas que a planilha possui.
Após preencher esse campo, automaticamente a planilha irá gerar a pontuação mínima recomendada. Veja no exemplo para cada uma das sub áreas relacionadas às grandes áreas de estratégia e de finanças:
Pronto, você acabou de estabelecer critérios mínimos que a sua empresa precisa ter. Isso não quer dizer que se a sua pontuação for maior do que o mínimo você estará bem, mas já é um primeiro filtro que você pode analisar para saber quais áreas são mais importantes para o seu negócio.
2. Comparação da Pontuação Atual x Pontuação Mínima Recomendada
Se já sabemos a pontuação mínima recomendada para todas as principais áreas do nosso negócio já podemos passar para a análise propriamente dita e preenchimento do diagnóstico empresarial. Na nossa planilha, isso é feito por meio da resposta a diversas perguntas relacionadas com cada sub-área:
Cada resposta vai te dar um feedback personalizado e te ajudar a entender como melhorar naquele aspecto específico, mas mais do que isso, também vai formar a pontuação atual da sua empresa automaticamente:
Veja que agora já conseguimos ter uma comparação entre a nossa pontuação atual e o mínimo recomendado. De forma simples, todas as notas que forem menores do que o mínimo devem levantar um sinal de alerta pra você. Pegando a área financeira, temos as seguintes diferenças (onde o 0% indica que a área tem pontuação maior ou igual do que o mínimo).
- Finanças – Planejamento Financeiro – 13%
- Finanças – Controle Financeiro – 0%
- Finanças – Mg. de Contribuição e Lucratividade – 0%
- Finanças – Indicadores Financeiros – 0%
Ou seja, apenas a sub área de planejamento financeiro está com um indicador de qualidade ruim. Agora imagina um cenário onde a área financeira é mais importante para a sua empresa e todos os itens possuem pontuação mínima de 70%:
Nessa situação teríamos um cenário bem diferente e totalmente crítico com uma alta porcentagem de defasagem em todas as sub áreas financeiras, veja:
- Finanças – Planejamento Financeiro – 39%
- Finanças – Controle Financeiro – 45%
- Finanças – Mg. de Contribuição e Lucratividade – 26%
- Finanças – Indicadores Financeiros – 45%
A partir dessa interpretação você já pode começar a planejar ações direcionadas para as áreas ou sub áreas mais críticas.
3. Comparação da Pontuação Atual x Pontuação Desejada
Se você quiser refinar ainda mais a sua análise, pode inserir mais uma variável relacionada com uma pontuação desejada (que normalmente será maior ou igual do que a mínima recomendada). É como se fosse uma meta desafiadora para que todas as suas áreas busquem a excelência.
Veja que ao inserir esses valores na planilha, automaticamente os campos ficam verdes ou vermelhos de acordo com a sua pontuação atual, facilitando a análise de quais áreas estão abaixo do seu planejamento:
De toda forma, o mais legal da análise da pontuação atual contra a pontuação desejada é entender onde estão os maiores gaps (diferenças) e esse processo fica muito fácil com uma boa análise gráfica. Veja abaixo o gráfico com as pontuações atual x desejada:
Gráfico Atual x Desejado
De forma simples conseguimos observar que temos gaps (onde a linha azul é maior) em finanças e na área de gestão de pessoas, enquanto temos bons resultados (acima da meta) para as áreas de estratégia, marketing e operações. Mais uma vez, a ideia é que você consiga direcionar as suas ações de acordo com a realidade da sua empresa.
4. Principais deficiências por área
Além da análise das pontuações na planilha de diagnóstico empresarial, também é possível se aprofundar dentro dessas notas e avaliações para entender quais são as principais deficiências dentro de cada uma das áreas.
Essas notas vão te ajudar a direcionar ainda mais seus planos de ação, já que servem para te mostrar se os problemas são de ordem comportamental (problemas com equipes, faltas, descumprimento de regras, etc), ferramental (falta de uma boa planilha, software desatualizado, equipamentos ou máquinas obsoletas, etc) ou técnica (capacidade específica dos colaboradores, necessidade de treinamento, capacitação de novos funcionários, etc).
Veja um exemplo da área de operações:
Claramente vemos que o maior problema é ferramental (75%), seguido de problemas técnicos (50%) e poucos problemas com deficiências comportamentais (25%). Sabendo disso, pode-se pensar em planos e atividades para corrigir esses problemas e ter essas áreas funcionando da melhor maneira possível.
5. Grau de Maturidade
Para fechar, o último item que é necessário analisar para ter bons inputs para o seu planejamento estratégico ou elaboração de ações é o grau de maturidade. Ele nada mais é do que o resultado final do diagnóstico empresarial e classifica a empresa em níveis de acordo com o que foi preenchido.
Apesar dele ser um pouco abrangente, pode te ajudar na definição de prioridades, já que além do nível principal, ele mostra um consolidado das duas pontuações por grande área. No nosso exemplo, você consegue perceber que a área mais crítica é a de finanças, seguida das áreas de marketing e gestão de pessoas.
Faça o diagnóstico da sua empresa na prática
Se você gostou do que viu então essa pode ser a hora de começar a interpretar os resultados da planilha de diagnóstico empresarial com os dados da sua empresa!