Esse post é o segundo de uma série sobre como o empreendedorismo social vem mudando o mundo. Nosso tema de hoje (a pedidos da Camila e da Fernanda no último post) é a saúde! Um tema excelente, já que muita gente sofre diariamente com um sistema precário que é incapaz de atender a população brasileira. Mas sem enrolação, vamos conhecer os negócios e ideias que já estão fazendo a diferença nesse setor pelo Brasil e pelo mundo.
1. Aravind Eye Care System
A Aravind é um Sistema de Atendimento Oftalmológico que, desde 1976, vem sendo extremamente inovador e acessível. O trabalho realizado é tão impressionante, que eles são conhecidos como maior e mais eficiente complexo oftalmológico do mundo. Para você ter uma ideia, o custo de uma operação na Aravind gira em torno de $50 a $100, enquanto nos Estados Unidos esse valor é de $3000 em média.
Moral da história: eles conseguem ao mesmo tempo atingir a população de baixa renda e garantir a sustentabilidade financeira do negócio. Esse é um dos grandes exemplos de pessoas que realmente estão fazendo a sua parte no mundo e desenvolvendo um negócio social excelente.
2. Saúde Criança
Eu me apaixonei por esse projeto quando ouvi a Vera no TEDxRio (logo abaixo segue o vídeo para vocês se apaixonarem também com a história). A Saúde Criança atua na cadeia de saúde em um de seus pontos principais, realizando ações para erradicar a miséria que leva tantas crianças a ficarem doentes. #Ficaadica de conhecer a metodologia de apoio familiar que eles desenvolveram na área de saúde para inclusão social.
http://www.youtube.com/watch?v=ygrLeIJQYuU
3. Pee Poo Bag
Para quem assiste as palestras do Alexander Osterwalder, precursor do Modelo de Negócios, vai lembrar desse exemplo. A Pee Poople é uma empresa que está livrando o mundo de um monte de merda (literalmente!). Basicamente, eles estão agindo diretamente em um dos grandes problemas mundiais, a falta de condições sanitárias básicas (Cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo sofrem com esse problema).
Eles desenvolveram uma sacola biodegradável, de uso único, para armazenar as “necessidades” da população de baixa renda, que não tem acesso a esse serviço básico (difícil de imaginar isso sentado nessa poltrona que você tá né?), e que é utilizada como fertilizante depois. Esse vídeo aqui embaixo retrata um dos problemas que eles estão solucionando com essa tecnologia:
4. Sorridents
A Sorridents é um outro bom caso brasileiro na área de saúde. Ela é a maior rede de franquias de clinicas odontológicas do Brasil e oferece acesso à saúde bucal a um grande número de pessoas por meio de um atendimento de qualidade.
5. Cies
Nós já falamos sobre esse projeto muito maneiro em outro post nosso, mas vale a pena colocar ele aqui novamente por 2 motivos (é brasileiro e tem um propósito muito maneiro). Basicamente eles dão acesso a exames médicos através do CIES-Móvel (um caminhão adaptado e equipado com aparelhos de diagnóstico de última geração das doenças de maior incidência em nosso país). Além desses exames, o CIES ainda ainda trabalha na conscientização da população sobre a própria saúde, cuidados básicos e prevenção de doenças.
6 e 7. Negócios que estão solucionando problemas de saúde de forma inteligente
O que você faria se morasse em uma região pobre, sem condições financeiras e nem infra estruturais de comprar incubadoras para recém nascidos prematuros? O pessoal da Embrace teve uma ideia genial, fizeram um aquecedor super acessível que substitui de forma muito satisfatória o uso das incubadoras.
E se você estivesse em uma região onde a água potável não fosse abundante? A Life Saver Systems criou a Life Saver Bottle, dá uma conferida no seu criador palestrando no TED:
Outros 2 Casos Internacionais
Além dessas 7 excelentes ideias, vale muito a pena conhecer a ASEMBIS (Associação de Serviços Médicos para o Bem Estar Social), negócio social que alia preços justos com alta tecnologia em saúde para um atendimento completo para toda a população e a Grameen Healthcare Trust, o braço da área de saúde das organizações Grameen (desse cara aqui debaixo, o Muhammad Yunus, simplesmente Nobel da Paz de 2006 pelo Grameen Bank, dispensa apresentações né?)
E o que a gente pode aprender com isso?
A primeira lição que eu consigo concluir é que a saúde não precisa ser tão cara como ela é (no caso das instituições privadas) e nem tão ruim (no caso do nossos sitema de saúde público). Fazer um serviço de excelência e acessível é possível e passamos por alguns exemplos ao longo de nosso post hoje.
Dois, de nada adianta projetos muito irados se não tivermos políticas públicas que valorizem toda a cadeia produtiva do setor, desde as grandes instituições até os colaboradores delas.
E por fim, cada vez mais devemos analisar modelos de negócios inovadores na área de saúde que vem tirar do mapa métodos caros, antigos e conservadores que vivenciamos todos os dias!