Gestão do Conhecimento: da teoria a prática

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O que é gestão do conhecimento?

A gestão do conhecimento, também conhecida pelo termo Knowledge Management, refere-se a um sistema de gerenciamento corporativo, no qual o conhecimento é vital dentro da empresa. Desde a década de 1990, a gestão do conhecimento está na vanguarda dos processos de gestão de pessoas.

A melhor maneira de compreender o que é a gestão de conhecimento é se atentar às suas características que não devem ser entendidas como um fim em si, mas como um meio de se atingir o propósito da organização que a implanta.

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Foi a partir do século XX que a informação e o conhecimento passaram a ser fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. O que contribuiu para o aprofundamento dos temas em diversos campos do conhecimento, especialmente para as organizações. Ocorre muitas vezes que a grande maioria das empresas pratica a gestão do conhecimento sem nem ter consciência disso.

Uma das formas de assegurar a competitividade das organizações no mercado e aperfeiçoar seu desempenho, é fazer a implementação da gestão de conhecimento. Tal conhecimento é necessário, porque ele garante a comunicação interna satisfatória. Todavia, é conveniente que o responsável pelo projeto explique a todos os colaboradores o que é e para que serve e a importância de praticá-la.

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A gestão do conhecimento deve passar a fazer parte da cultura da organização para que todos os colaboradores entendam a sua necessidade. O sucesso e os benefícios na implementação de uma gestão de conhecimento em qualquer tipo de organização só é possível se a cultura organizacional for positiva em relação à geração, partilha, socialização e transferência de conhecimento.

Por que a gestão do conhecimento é importante?

Em primeiro lugar, a gestão do conhecimento faz com que ele fique retido nas empresas independente da rotatividade de funcionários. Especialmente para empresas com alto turnover (rotatividade), investir em ferramentas e processos de gestão do conhecimento é fundamental.

A gestão do conhecimento é o que permite, por exemplo, que haja uma troca na equipe de um projeto sem nenhuma perda de informação. Ou que um erro em um projeto ou contrato não se repita ao longo de anos.

Os tipos de conhecimento humano

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Segundo Nonaka e Takeuchi, o conhecimento humano pode ser classificado em dois tipos:

  • o conhecimento explícito que é sistemático e formal, podendo ser transferido e compartilhado pela comunicação escrita ou sistemas computacionais, afirmações gramaticais, especificações, expressões matemáticas, manuais, entre outros. Esse tipo de conhecimento pode ser reproduzido ou transmitido de maneira simples entre os colaboradores de uma organização. Os autores ainda citam que o conhecimento explícito possui: “o formato explícito, conhecimento relativamente fácil de codificar, transferir e reutilizar; formalizado em textos, gráficos, tabelas, figuras, desenhos, esquemas, diagramas, etc., facilmente organizados em bases de dados e em publicações em geral, tanto em papel quanto em formato eletrônico”.
  • o conhecimento tácito é subdividido em duas formas diferentes que pode ser técnica, que dá destaque às capacidades ou habilidades adquiridas pelo conhecimento individual e a cognitiva, que são “esquemas de modelos mentais, crenças e percepções tão comuns que os tomamos como certos”.

Seguindo o pensamento de Nonaka, os dois tipos de conhecimento são integrantes do conhecimento organizacional, o tácito é primordial para o entendimento do explícito, mediante interação dinâmica entre ambos.

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As 4 etapas de conversão do conhecimento

4 etapas de conversão do conhecimento

Conforme Nonaka e Takeuchi, o conhecimento tácito e o explícito se complementam. Nesse sentido e partindo do pressuposto que o conhecimento é criado mediante interação entre conhecimento tácito e explícito, os estudiosos propuseram quatro modos diferentes de conversão do conhecimento:

  1. Socialização: do conhecimento tácito em conhecimento tácito. A socialização é um processo de compartilhamento de experiências, assim a criação do conhecimento tácito é baseado em outros conhecimentos tácitos, como modelos mentais ou habilidades técnicas compartilhadas. O segredo para a aquisição do conhecimento tácito é a experiência. Sem alguma forma de experiência compartilhada, é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro indivíduo.
  2. Externalização: do conhecimento tácito em conhecimento explícito. A externalização é um processo de transformação do conhecimento tácito em conceitos explícitos. É por meio do diálogo ou da reflexão coletiva que o modo de externalização da conversão do conhecimento normalmente é provocado. Dentre os quatro modos de conversão do conhecimento, a externalização é a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito.
  3. Combinação: do conhecimento explícito em conhecimento explícito A combinação é um processo de composição de conceitos que envolvem a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito, em um sistema de conhecimento. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos por meio de documentos, reuniões, e-mails etc. e reconfiguram o conhecimento existente por meio do acréscimo, classificação, combinação e categorização do conhecimento explícito, o que pode levar a criação de novos conhecimentos.
  4. Internalização: do conhecimento explícito em conhecimento tácito A internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se ativos valiosos, influenciam a forma de agir, pensar e de ver o mundo das pessoas. No entanto, para viabilizar a criação do conhecimento organizacional, o conhecimento tácito acumulado precisa ser socializado com os outros membros da organização, iniciando assim uma nova espiral de criação do conhecimento.

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